A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (25/6), sobre o porte e consumo da maconha no País gerou embate entre deputados da esquerda e direita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O duelo, mais uma vez, foi protagonizado pelos deputados estaduais Mauro Rubem (PT) e Amauri Ribeiro (PL).
“O STF foi favorável e aprovou a liberação. Isso mostra que existe um entendimento superior no Brasil, como já existe em vários países desenvolvidos do mundo. Realizamos audiência pública nesta Casa, participamos da Marcha da Maconha no domingo, porque é preciso entender essa decisão”, defendeu Mauro.
O petista frisou ainda que não discutir ou não tentar entender essa pauta “é reflexo de atraso e falta de estudo”, uma vez que o canabidiol, óleo extraído da planta da maconha é tratamento fundamental para várias doenças.
“Venho aqui para reforçar que é uma pauta necessária e precisa ser discutida. O álcool, por exemplo, mata e destrói mais a sociedade do que a maconha. O que existe é racismo e preconceito ao redor da planta e de quem consome”, enfatizou Mauro Rubem.
´Maconheiro´
Já o deputado Amauri Ribeiro (UB) criticou a descriminalização da maconha. “É o carro chefe para a cocaína”, disse. Ele ainda abordou sobre o consumo da maconha, por exemplo, na região de escolas. “Quando eu estiver em uma praça vai ter um maconheiro fumando um baseado na frente do meu filho, e vai poder oferecer para o meu filho”, afirmou.
“O senhor [Mauro Rubem] defende é maconheiro, não é a liberação do canabidiol, porque o canabidiol já é liberado para ser vendido. Fica o meu repúdio à audiência que o senhor fez para a liberação de drogas. É uma vergonha para esta Casa”, enfatizou.