A taxa de desemprego no Brasil continua em trajetória de queda e ficou em 10,5% no quadrimestre encerrado em abril, resultado bem melhor que o esperado pelo mercado (11%), apontam dados da PNAD Contínua divulgados nesta terça-feira (31/5). É a menor taxa para o período desde 2015 (quando estava em 8,1%) e uma queda de 0,7 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (de novembro a janeiro) e de 4,3 pontos percentuais na comparação anual (de fevereiro a abril de 2021).
O número de pessoas ocupadas (96,5 milhões) é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e cresceu 1,1% na comparação com o trimestre de novembro a janeiro (1,1 milhão de pessoas a mais) e 10,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (9 milhões de ocupados em um ano).
A população desocupada recuou 5,8% na comparação trimestral (699 mil pessoas) e 25,3% na anual (3,8 milhões de pessoas desocupadas a menos), segundo o IBGE.
Renda também caiu
Apesar das boas notícias, 11,3 milhões de brasileiros ainda não conseguem um emprego e o rendimento real habitual caiu 7,9% na comparação anual. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 55,8%, uma alta trimestral de 0,5 ponto percentual e anual de 4,8 pontos percentuais (quando estava em 51,1%).
A taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada (38,7 milhões de trabalhadores informais), uma queda de 0,3 ponto percentual na comparação trimestral (a taxa era de 40,4% entre novembro e janeiro) mas alta de 0,8 ponto percentual na anual (39,3% entre fevereiro e abril de 2021).
O rendimento real habitual ficou em R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril, uma estabilidade frente ao trimestre anterior e uma redução de 7,9% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 242,9 bilhões) cresceu frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.
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