Embora seja a cara do Novo, o empresário João Amoêdo não tem encontrado vida fácil dentro do partido que ajudou a fundar. Em votação na última segunda-feira (28), pelo menos 12 dos 19 diretórios estaduais constituídos votaram contra o retorno de Amoêdo à presidência do partido. Incluindo Goiás. Aqui o partido é dirigido por Adriano Sarmento.
No último sábado (25), João Amoêdo enviou um e-mail a integrantes do diretório nacional se colocando à disposição para voltar à presidência do partido “de imediato” e ajudar na “consolidação partidária e no pleito de 2022”. Candidato derrotado na eleição presidencial de 2018, o ex-dirigente havia deixado a função no início de 2020 e correligionários hoje reclamam que ele se acha o “dono” do Novo.
Desde a última disputa presidencial, o Novo, que surgiu como uma proposta diferenciada no cenário político e de viés liberal, virou piada na internet por causa da dificuldade de se posicionar com relação às pautas de verniz liberal do governo populista de Jair Bolsonaro. Acabou sendo chamado de “PSL de sapatênis”, numa comparação com a antiga legenda do presidente, e tampouco agradou à direita radical, que acusa a sigla de viver em cima do muro. Hoje a maioria dos membros do Novo, inclusive Amoêdo, se colocam na oposição ao governo federal.