À espera de um novo anúncio que não veio sobre o corte de gastos do governo, o dólar fechou em alta de 0,92%, cotado a R$ 5,761, nesta terça-feira (29/10). É o maior patamar desde 30 março de 2021, quando fechou em R$ 5,7613. Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos.
O mercado reagiu à fala de ontem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que tem uma série de reuniões com o presidente Lula nesta semana. Mas não há previsão para divulgação do novo pacote fiscal.
O mercado espera que o governo enxugue os gastos em até R$ 60 bilhões, passando uma maior “credibilidade”. Desde que Haddad sinalizou que a equipe econômica poderia lançar, logo após as eleições municipais, novas medidas estruturais para reduzir as despesas públicas.
Déficit bilionário
Pela primeira vez desde abril de 2023, o déficit nas transações correntes do Brasil superou os 2% do PIB. O rombo nos 12 meses até setembro ficou em US$ 45,8 bilhões, equivalente a 2,07% do PIB.
O resultado negativo, que inclui transações na balança comercial de bens, serviços, renda primária e secundária, vem subindo desde o início do ano.
A redução no superávit comercial e o crescimento no déficit da conta de serviços no ano foram os principais fatores para a elevação do déficit nas transações correntes.