O pré-candidato a presidente e governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu ontem em live com empresários que a terceira via chegue a um acordo para lançar um único nome na disputa. Evitou dizer, no entanto, se está disposto a abrir mão da própria candidatura para viabilizar esse acerto. O tucano afirmou que identifica o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) como demais representantes da posição de “centro democrático liberal-social”.
Para Doria, esse grupo de pré-candidatos precisará ter “paciência e humildade” para construir uma alternativa à polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Se possível, fortalecida com uma única candidatura”, disse. Na avaliação do tucano, o afunilamento das candidaturas só deve se concretizar entre junho e julho.
Doria afirmou que, se eleito presidente, privatizará a Petrobras. Defendeu uma modelagem que divida a estatal em 3 ou 4 empresas privadas, para estimular a competição no setor petrolífero. Também disse que o pacote da privatização incluiria um fundo de compensação dos preços de combustíveis, “para que os novos proprietários da Petrobras no setor privado contribuam todos os meses”.
O tucano chamou de “absurdo” a intenção manifestada por Lula e líderes do PT de revisar a reforma trabalhista de 2017. Também disse que é contra regulamentar e cobrar um imposto sobre as grandes fortunas. “Aqueles que alcançaram o sucesso com honestidade e decência têm o direito de ser ricos. Queremos que os pobres possam ser ricos e não penalizar quem trabalhou para alcançar sua riqueza”, disse. O pré-candidato do PSDB à Presidência afirmou que os defensores do imposto sobre grandes fortunas argumentam que a medida transformará os ricos em menos ricos e os pobres em classe média. “Isso é populismo.”