A solenidade de comemoração dos 70 anos da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), realizada ontem (27/9) a noite em Goiânia, com a participação da diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), serviu para empresários goianos cobrarem nova política industrial no Estado para a busca de soluções em relação aos problemas enfrentados pelo setor. Até mesmo nos discursos da solenidade de entrega da medalha da Ordem do Mérito Industrial ao senador e empresário Vanderlan Cardoso e ao empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade (in memoriam), não faltaram críticas aos governos estadual e federal em relação à inexistência de políticas para tornar o setor mais competitivo e inovador.
O presidente da Fieg, Sandro Mabel, reforçou a luta da entidade, que elegeu a industrialização de grãos (soja e milho) e de minérios para incentivar uma maior retomada da economia goiana e também para agregar maior valor às matérias-primas, elevar a arrecadação, gerar emprego e renda. “Ninguém fica rico só exportando matéria-prima, vendendo commodities e comprando produtos processados. Precisamos incentivar a industrialização para criar riqueza aqui”, frisou o líder empresarial, que voltou a criticar o governo de Ronaldo Caiado (DEM) o acusando de “fazer ouvidos moucos”.
Ao agradecer a homenagem, o senador e empresário Vanderlan Cardoso (PSD) também defendeu a necessidade de se consolidar uma “sólida política voltada ao desenvolvimento industrial do Estado, de médio e longo prazo, com foco na sustentabilidade”. “Chega-se ao absurdo de que o Fundo Constitucional do Centro-Oeste, o FCO, o custo dos juros para a indústria é pós-fixado e para o agronegócio é pré-fixado”, reclamou.