O grupo de restaurantes Madero informou em seu balanço do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (25), que não existem garantias de que consiga honrar seus compromissos financeiros de curto prazo. Segundo o comunicado, as projeções colocam “dúvidas substanciais sobre a capacidade de continuidade operacional da companhia dentro de um ano a partir da data base das demonstrações financeiras intermediárias”.
A empresa conta com mais de 200 restaurantes de suas bandeiras (Restaurante Durski, Madero e Jeronimo Burger) no País, sendo três unidades do Madero em Goiânia: no Goiânia Shopping, Flamboyant e Passeio das Águas. O grupo alega que as restrições por causa da pandemia derrubaram o faturamento e o balanço ainda não captou a melhora no setor, pois é referente aos três primeiros meses do ano.
Na soma total, considerando curto e longo prazos, ao fim de março o Madero contabilizava R$ 2,4 bilhões em obrigações com bancos, fornecedores, tributos, entre outros, sendo que 31% destes compromissos venciam em até um ano. A empresa teve um prejuízo líquido de R$ 67,5 milhões no primeiro trimestre. Segundo a equipe da PwC, que faz a auditoria da empresa, esses números indicam “a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa sobre sua continuidade operacional”.