Dólar abaixo de R$ 5, gasolina mais barata, inflação em baixa, PIB acima das expectativas. Se a articulação política não está fácil, a economia tem dado bons resultados. A comunicação do governo e os discursos de ministros destacam cada vez mais a área econômica, seja para celebrar índices ou lançar políticas.
Esses resultados fortalecem os nomes dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), que também acumula a vice-presidência. Indicadores globais também têm registrado resultados melhores do que as expectativas. E isso acaba ajudando o governo.
O economista e ex-ministro da Fazenda Pedro Malan afirma que Lula e seu entorno deveriam estar avaliando a situação atual e olhando à frente, com foco na governabilidade.
Já na articulação política, há tensão até internamente. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), têm se desentendido. Considerado excessivamente alinhado a Arthur Lira, Guimarães gostaria de ter ficado com a pasta de Padilha. Esse seria um dos pontos de enfrentamento. Ele, no entanto, nega que haja rusgas.
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