Na polêmica nacional causada pela primeira fuga de presos em uma penitenciária federal, semana passada em Mossoró, o governo de Goiás aproveitará um evento nacional em Goiânia para tentar vender o seu modelo como exemplo para o restante do País.
Nas próximas quinta e sexta-feira será realizada a 6ª edição da Reunião Ordinária do Conselho Nacional dos Secretários de Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej). Autoridades de governos estaduais farão visitas técnicas e debates presenciais.
No primeiro dia, os participantes irão ao Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia. Além da Seção Integrada de Monitoração Eletrônica (Sime), em Goiânia. O objetivo do governo goiano é mostrar os trabalhos realizados pela Polícia Penal de Goiás.
Gerenciamento de crises
Um dos temas a serem debatidos durante o 6º Consej será o gerenciamento de crises (rebeliões e motins) e a classificação das organizações criminosas no sistema penitenciário. A pauta foi proposta pelo diretor-geral de Polícia Penal de Goiás, Josimar Pires. Ele apresentará ao Conselho modelos implantados no Estado para o controle destas ocorrências.
“Goiás é referência nacional no controle do cárcere. Isso se deu em virtude da implantação de modelos rígidos de controle, treinamento e melhorias nas estruturas, atrelado. Sobretudo, a protocolos de atuação em cenários de crise, que facilitam a atuação rápida dos policiais penais em situações como fugas e rebeliões”, diz Josimar Pires.
Para ele, é preciso criar, no contexto da Polícia Penal nacional, protocolos padronizados de atuação em cenários de crises, facilitando a integração entre os entes federativos. “Principalmente em condições de atuação conjunta, como acontece neste momento em Mossoró”.
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