Embora o governo de Goiás ainda está em estado de “calamidade fiscal”, por força de decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM), a situação financeira do Estado tem melhorado nos últimos dois anos. Os dados do relatório resumido da execução orçamentária, divulgados nesta terça-feira (5/10) pelo jornal O Hoje, apontam para uma queda significativa do endividamento, redução das despesas com pessoal e crescimento das receitas no governo estadual. Em agosto deste ano, a dívida consolidada líquida de Goiás atingiu R$ 14,8 bilhões, uma redução de 22,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (R$ 19 bilhões). A dívida passou a representar 49,8% da receita corrente líquida, bem abaixo dos 74,2% em agosto do ano passado.
“Essa redução pode ser explicada principalmente pelo salto na disponibilidade de caixa líquida. Descontados os restos a pagar processados, que somavam R$ 593 milhões em agosto deste ano, diante de R$ 1,140 bilhão no mesmo mês de 2020 (queda de 48,0%), as disponibilidades saíram de R$ 3,594 bilhões para R$ 7,768 bilhões, num salto de 116,2%. A dívida consolidada bruta recuou levemente de R$ 22,680 bilhões para R$ 22,574 bilhões (-0,47%)”, informa o colunista Lauro Veiga Filho.
Apesar da significativa melhoria nas contas do Estado, o governo de Goiás deve mesmo aderir aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), programa de socorro financeiro do governo federal aos Estados que estão em situação de extremo endividamento. Se possível, ainda neste ano.