“Seria um grande erro para Israel reocupar a Faixa de Gaza.” A avaliação foi feita na noite deste domingo (15/10) pelo presidente dos EUA, Joe Biden, acrescentando que o grupo terrorista Hamas “não representa todo o povo palestino”. Ele disse ainda estar conversando com os governos israelense e egípcio para a criação de corredores humanitários a fim de evacuar civis da área de conflito.
Biden enfatizou, porém, que o Hamas, responsável pelo maior ataque terrorista da história de Israel, deve ser destruído. “Mas tem de haver uma Autoridade Palestina e um caminho para o Estado Palestino”, afirmou.
O Hezbollah, grupo terrorista libanês apoiado pelo Irã, matou uma pessoa na cidade de Shtula, no norte de Israel. Caças israelenses bombardearam o sul do Líbano e as Forças de Defesa de Israel (IDF) usaram mísseis antitanque em resposta. Os Estados Unidos e o Irã trocaram avisos sobre potencial escalada da guerra entre Israel e o Hamas.
Israel, por sua vez, negou na manhã desta segunda-feira (16/10) a existência de um cessar-fogo para a retirada de civis da Faixa de Gaza. O exército israelense informou ter lançado 6 mil bombas no território em reação aos ataques do Hamas, e a situação na região é de uma “catástrofe humanitária inédita”, de acordo com o diretor da agência da ONU para refugiados palestinos, Philippe Lazzarini.
Enquanto os confrontos se intensificam ao norte, as cidades do Sul estão em colapso. O governo de Israel alertou para que hospitais no norte fossem esvaziados, ordem que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, classificou de “sentença de morte”. Corpos vêm sendo armazenados em caminhões de sorvete. Esse já é o conflito mais mortal da história de Gaza, e o pior para Israel em 50 anos.
Corredor humanitário
A passagem de Gaza para o Egito “será aberta”, afirmou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, depois de um encontro com o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi. O egípcio foi bastante crítico da ação israelense. “A reação foi além do direito à legítima defesa, transformando-se em punição coletiva para 2,3 milhões de pessoas em Gaza”, afirmou.
Mas ele disse que intensificou os esforços diplomáticos para que alguma ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza. Enquanto isso, toneladas de suprimentos vitais, enviados como ajuda humanitária, estão se acumulando no lado egípcio da fronteira.
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