Em 2000, 68,5% da população goiana se declarou católica. Em 2010, o número caiu para 59,4% e, em 2022, para 51,9%. Ao longo de 22 anos, portanto, a religião Católica Apostólica Romana teve uma queda de 16,6 pontos porcentuais em sua representatividade no estado.
O mesmo se observa em Goiânia, com redução de 14,2 pontos no período. Eram 61% em 2000 e 46,8% em 2022. No Brasil o recuo foi de 17,3 pontos: de 74,1% (2010) para 56,8% (2020).
Paralelamente, os evangélicos em Goiás cresceram 13,1 pontos entre os levantamentos de 2000 e 2022: de 19,5% para 32,6%. Em Goiânia, o crescimento foi de 11,5 pontos: de 22,4% (2010) para 33,9% (em 2022) da população. Aumento similar em todo o país, onde o avanço dos evangélicos foi de 11,7 pontos: de 15,1% para 26,9%.
Portanto, a redução da população que se declara católica em Goiás foi maior que a média nacional desde 2000. E o crescimento dos evangélicos no estado superou também a média nacional.
A diferença entre a parcela de residentes que se considera católica e a que se declara evangélica nunca foi tão pequena. Em 2000, no estado, havia uma discrepância de 49,1 pontos entre ambas. Em 2022, o valor caiu para 19,4 pontos.
Envelhecimento
Ao analisar as populações de cada religião por faixa etária, nota-se que as pessoas de religião católica têm, em sua maioria, 40 anos ou mais. Em Goiás, a proporção é de 51,1% entre os católicos e de 58,8% entre os espíritas.
Quanto aos evangélicos, merece destaque a parcela de sua população que tem de 10 a 14 anos de idade (9%). Nessa faixa etária, os evangélicos são os que possuem maior representatividade dentre seus próprios seguidores.
A maioria da população evangélica goiana possui menos de 40 anos (56%).
Já os goianos sem religião são, em geral, consideravelmente mais jovens: 46,2% deles têm até 29 anos e 67,0% não passam de 39 anos de idade.