Os filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viram cada vez mais alvos de investigações. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), do Rio de Janeiro, foi apontado como “chefe de organização criminosa” nos depoimentos e documentos entregues ao juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ. É investigado por empregar funcionários fantasmas e por promover “rachadinhas”, uma prática ilegal em que parte dos salários dos assessores é repassada ao parlamentar. O Tribunal de Justiça do Rio quebrou os sigilos telefônicos e de dados de pelo menos 11 ex-funcionários do vereador.
De acordo com o MPRJ, quem operava o esquema de rachadinhas e tinha parentes entre os espectros nos gabinetes dos enteados era Ana Cristina Valle, segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro. O MP recebeu dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontando movimentações suspeitas nas contas dela. São depósitos vultuosos em dinheiro vivo, que os procuradores interpretam como indícios de lavagem de dinheiro.
Flávio Bolsonaro
Entre as pouquíssimas informações que forneceu ontem à CPI da Pandemia, o diretor da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, admitiu ter se reunido com parlamentares brasileiros em Las Vegas, sem revelar quem seriam. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) esteva em Las Vegas no mesmo período, mas nega ter se reunido com Trento. Disse que estava em “missão oficial” pelo Senado na cidade dos cassinos.