O Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) apresenta um rombo milionário nas suas contas. Segundo levantamento realizado pela Universidade Federal de Goiânia, entregue à Prefeitura de Goiânia.
O estudo realizou um diagnóstico técnico sobre a eficiência e a utilidade dos gastos atualmente direcionados ao custeio do Imas. Apontou a existência de uma grande disparidade entre a arrecadação e as despesas com a rede credenciada pelo instituto.
Entre de 2020 e 2022, a receita arrecadada pelo Imas foi de R$ 472,1 milhões. Já as despesas com a rede credenciada somaram R$ 540,5 milhões. O déficit, portanto, foi de 68,3 milhões no período. Já entre janeiro e setembro de 2023, a média mensal arrecadada foi de R$ 16 milhões para uma despesa de R$ 20,2 milhões, com déficit médio de R$ 4,2 milhões.
“O resultado mostra, claramente, que os números não batem. Os custos de atendimentos em saúde na rede privada são bem superiores do que a arrecadação média do órgão. Valores insuficientes para pagar a dívida com as clínicas e hospitais”, afirmou o presidente do Imas, Marcelo Marques Teixeira.
Providências
O documento apresenta uma série de providências a serem tomadas para um processo de reestruturação do Imas. Uma sugestão da UFG é a criação da Câmara de Negociação para discutir contratos, pagamentos, reajustes e demais aspectos da relação entre o Imas e a rede credenciada. Os envolvidos no processo devem estabelecer um cronograma de pagamento das dívidas existentes.
Outras medidas previstas no plano de reestruturação do Imas incluem a inauguração do Hospital do Servidor para atendimento dos usuários do Imas. Além do envio de um projeto de lei à Câmara de Goiânia para a alteração da natureza jurídica do instituto, a exemplo do realizado pelo governo de Goiás no Ipasgo.