Pesquisa realizada pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) aponta que 84% dos entrevistados em Goiânia acreditam que a Prefeitura pode contribuir de forma significativa no combate às mudanças climáticas.
Trata-se do maior percentual entre as dez capitais incluídas na sondagem, como São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus. Apenas 8% responderam que não e outros 8% disseram não saber.
A pesquisa mostra ainda que a percepção geral dos goianienses é que não existe uma ação isolada capaz de conter os efeitos da crise climática. Mas um conjunto de iniciativas que se complementam.
Ao contrário de São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Belo Horizonte e Fortaleza, em Goiânia a poluição do ar não é apontada como o principal problema ambiental pelos entrevistados. Em razão da quantidade de parques ambientais, fator que coloca a capital como a segunda mais arborizada do país.
A cidade também não é citada por problemas de alagamento, poluição sonora e sistema de esgoto, item no qual estão incluídas as capitais do Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Pará.
Ações
A Prefeitura de Goiânia afirma que tem feito a sua parte, como a criação do Gabinete de Crise Climática, instituído em janeiro pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil). O gabinete atua no monitoramento das chuvas volumosas, com alertas sobre potencial possibilidade de alagamentos e transbordamentos de córregos que cortam a cidade.
Além disso, a Prefeitura diz que executa obras de drenagem, mas que ainda serão ampliadas com a implantação do Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU), em elaboração pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
Mabel já recebeu o documento com diagnósticos e os prognósticos das 14 bacias hidrográficas e córregos que cortam o município, com projeções para os próximos 30 anos.
O segundo compromisso firmado por Mabel se deu em abril, com a assinatura do Termo de Compromisso de adesão ao Cidades Modelos Verdes Resilientes, iniciativa que visa preparar as cidades para o desenvolvimento sustentável e para se adaptarem, e também frear , ações que contribuem para a crise climática.