Goiás recebeu no ano passado 220 pedidos de refúgio. É apenas 0,4% do total das solicitações feitas ao País em 2022, que somaram 50,3 mil. Segundo os números do Relatório de Dados Consolidados sobre Migração no Brasil. Os venezuelanos foram os que mais pediram refúgio no Estado no ano, com 67 solicitações. Seguidos por pessoas naturais de Bangladesh (65 pedidos), Haiti (24) e Cuba (23). Ao todo, pessoas de 23 nacionalidades fizeram este tipo de solicitação para Goiás.
No Brasil, para se ter uma ideia, o número de pedidos de refúgio cresceram 73% no ano passado. Mas foram bem menores que os registrados em 2019, no total de 82,5 mil. O País recebeu solicitações de imigrantes provenientes de 139 países. A maior parte das solicitações foram feitas por venezuelanos (67%), seguidos por cubanos (10,9%) e angolanos (6,8%).
O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) analisou, em 2022, 41.297 solicitações de refúgio de pessoas provenientes de 141 países, tendo já reconhecido, no referido ano, como refugiados, 5.795 imigrantes. Das mais de 41 mil solicitações feitas ao Conare para reconhecimento da condição de refugiado, 20.718 foram feitas por venezuelanos.
Fronteiras
A maior parte das solicitações apreciadas pelo Conare (57,8%) foram registradas na Região Norte, tendo no estado de Roraima a maior concentração me volume (41,6%). Seguido de Amazonas (11,3%) e Acre (3,3%). As principais nacionalidades reconhecidas pelo comitê na região em 2022 foram venezuelanos (77,9%) e cubanos (7,9%).
A fundamentação mais aplicada para o reconhecimento da condição de refugiado em 2022 foi a de Grave e Generalizada Violação dos Direitos Humanos, que correspondeu a 82,4% do total de fundamentações. Na sequência, com 10,9% do total, a fundamentação teve por base questões relativas a opinião política.
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