O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi sempre contra o horário de verão. Tanto, que já no seu primeiro ano de mandato, tomou as providências para encerrá-lo no País em 2019. Entretanto, o Brasil enfrenta neste ano a maior crise energética nos últimos 20 anos e o Ministério de Minas e Energias pediu nesta semana ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) um novo estudo para avaliar os impactos que a volta do horário de verão teria no consumo energético do Brasil.
Por ora, o governo afirma que o retorno teria efeito limitado e não ajudaria a combater a atual crise hídrica. “A contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno”, declara a pasta. Ainda assim, informa ter pedido que o ONS “reexaminasse a questão”. O ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) afirmou que a situação piora a cada mês e não há previsão de quando irá se normalizar.
Empresários dos setores de turismo, alimentação e varejo enviaram ofício ao governo pedindo a volta do horário de verão diante da crise hídrica. Quando extinguiu o horário de verão, Bolsonaro afirmou ter amparado a decisão em estudos técnicos. Em agosto deste ano, o chefe do Executivo declarou que foi comprovado que a medida não contribuía com a redução do consumo de energia. Mas falou que, caso houvesse apoio da maioria da população, poderia decretar o seu retorno.