O governo Lula confirmou apoio à iniciativa sul-africana de denunciar Israel na Corte Internacional de Justiça, em Haia, por genocídio na Faixa de Gaza. O tribunal iniciará o processo nesta sexta-feira (12/1), com depoimentos dos que acusam Israel e o governo de Benjamin Netanyahu, que repudia a acusação.
O apoio do Brasil foi manifestado por meio de nota divulgada horas depois de o presidente Lula (PT) receber o embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzeben. No texto, o governo brasileiro pede à corte que determine o fim por Israel de “todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados”.
Lula já havia usado a palavra genocídio para mencionar a situação em Gaza. Seu assessor, Celso Amorim, também indicou que o termo “vem à mente” diante dos atos na região. Diplomatas estrangeiros consideram o gesto como “definidor” do posicionamento brasileiro no Oriente Médio, conta Jamil Chade.
Equador
O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nesta quarta-feira (10/1) que o país está em estado de guerra e que juízes e promotores que ajudarem os criminosos serão considerados parte da rede terrorista. “Não podemos combater isso de um lado, e não é só uma bala, é também no Judiciário”, disse.
“Vivemos em um estado de conflito. Em um estado de guerra se aplicam outras leis, aplica-se também o direito humanitário internacional, que é diferente do direito comum do Equador”, explicou.
O país vai começar a deportar estrangeiros presos para reduzir o tamanho da população carcerária. Hoje, há 1.500 colombianos detidos no Equador. A crise de segurança começou com motins em prisões, fuga de criminosos, ataques a delegacias e sequestro de policiais.
A polícia prendeu 70 pessoas em operações antiterrorismo em todo o país após a onda de violência que deixou ao menos 12 mortos em Guayaquil, a maior cidade do Equador.
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