A semana chega ao fim com uma série de más notícias para o governo Lula (PT). Em pé de guerra com o Congresso, o Palácio do Planalto assiste sem muito poder de reação a uma investida contra a medida provisória que altera as regras do IOF e aumenta impostos de investimentos no setor financeiro.
Menos de 24 horas após a publicação da MP, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautou um requerimento de urgência para analisar a medida nesta segunda-feira (16/6). Se a urgência for aprovada, a medida provisória pode ir para votação diretamente no plenário, sem a necessidade de trâmite nas comissões.
Emendas
Em meio às ameaças da oposição, líderes do governo no Congresso afirmaram que se o decreto for derrubado o Executivo terá que suspender o pagamento das emendas parlamentares. Deputados vêm reclamando há alguns dias de que o pagamento das emendas está atrasado, o que explicaria, em parte, as idas e vindas do presidente da casa.
Motta ainda decidiu retirar o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) da relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), um cargo chave para a definição do orçamento de 2026. O Centrão, que pressionou Motta a não permitir que o PT ficasse com a relatoria, aceitou que um deputado da base governista assumisse a frente da LDO. O cargo deve ficar com Gervásio Maia (PSB-PB).