Pela primeira vez desde o início das negociações entre Ucrânia e Rússia, os representantes dos dois lados dizem que os encontros estão sendo “mais produtivos”. Mykhailo Podolyak, assessor presidencial e integrante da delegação ucraniana, acredita que será possível chegar a resultados concretos “literalmente em alguns dias”. O russo Leonid Slutsky foi na mesma linha e disse à TV de seu país que está havendo “progresso significativo” que pode levar à “assinatura de documentos” pelos dois lados. Rússia e
O otimismo dos diplomatas, porém, não se refletiu em cessar-fogo. A Rússia desfechou um ataque que deixou 35 mortos e mais de cem feridos na base militar de Yavoriv, onde era feito treinamento para estrangeiros que chegam a fim de lutar na guerra. O bombardeio foi ainda mais alarmante por ter acontecido no Oeste da Ucrânia, a poucos quilômetros da fronteira com a Polônia, que é integrante da Otan.
Os americanos dizem que não pretendem entrar em conflito direto com os russos, mas há tropas estacionadas na Polônia e comboios para fornecer armas e suprimentos aos ucranianos. Moscou já disse que esses comboios são “alvos legítimos”. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, pelo menos 596 civis, incluindo 43 crianças, morreram na Ucrânia desde o início da invasão russa.