Um dos principais motivos para a não candidatura do prefeito Gustavo Mendanha (MDB) ao governo de Goiás no próximo ano é a desconfiança sobre o seu vice na Prefeitura de Aparecida de Goiânia: se continuará firme ao lado de Gustavo ou, na semana seguinte que assumir o comando da administração municipal, vai debandar para a base do governador Ronaldo Caiado (DEM).
Bem, essa leitura é feita geralmente por políticos que estão na oposição ao projeto de Gustavo Mendanha para 2022.
Aliados do prefeito têm um argumento muito forte para rebater essa teoria: a eleição de 2024. É que, caso Gustato Mendanha realmente saia candidato em 2022, o seu vice Vilmar Mariano (MDB) assume a gestão em abril próximo, mas já de olho numa reeleição em 2024. Para isso, precisará de partido. Mas, muito mais do que isso: precisará do apoio de Gustavo Mendanha, quase uma unanimidade em Aparecida de Goiânia.
Vale lembrar que Gustavo foi reeleito no ano passado com mais de 95% dos votos válidos, o mais votado (proporcionalmente) no País. E que o governador Ronaldo Caiado tentou por tudo lançar uma candidatura viável em Aparecida de Goiânia. Lançou o que sobrou (nenhum político de maior peso quis enfrentar Mendanha) de alternativas, foi para a campanha na cidade e perdeu. Feio.
Não é por coincidência que Vilmar Mariano tem, nos últimos dias, dado mais declarações e enfatizado sobre a sua lealdade e gratidão para com Gustavo Mendanha. Mais: tem defendido candidatura própria do MDB ao governo de Goiás e que a chance de apoiar Caiado em 2022 é praticamente zero.