O prefeito Gustavo Mendanha, de Aparecida de Goiânia, confirmou hoje que vai deixar o MDB na próxima semana. “É uma situação que me deixa muito triste. Lutei muito dentro do partido para que pudéssemos ter a maturidade e entender que o momento é nosso, com uma candidatura alternativa ao atual governo (de Ronaldo Caiado). Infelizmente, por uma série de razões, o MDB se precipita ao tomar uma decisão (de aliança com o DEM). Lamento muito. Não fui convidado para participar do namoro, não participei do noivado e não vou ser padrinho do casamento”, disse em entrevista ao Fala Aí Pod Cast.
Gustavo comunicou hoje de manhã aos vereadores de Aparecida de Goiânia a sua decisão de deixar o MDB na próxima semana – até para viabilizar uma candidatura ao governo de Goiás. Voltou a lamentar isto, mas disse que não iria se “acovardar” e participar de um erro histórico do MDB. “Vou manter a minha coerência, de ser oposição ao governador Ronaldo Caiado. Fomos votados, não eleitos, mas tivemos uma vitória política importante defendendo um projeto totalmente antagônico (ao governo atual) e vou continuar com a minha posição”, enfatizou.
Críticas
Não faltaram críticas suas ao governador Caiado, especialmente na área econômica. “Nosso Estado sempre foi progressista, com um setor industrial muito forte. Infelizmente, deixamos de receber investimentos importantes e muitas indústrias já deixaram Goiás por falta de incentivos e de diálogo entre o governo e o setor produtivo, que praticamente não existe mais no Estado. O atual governo sequer apresentou uma proposta ou ação para o agronegócio goiano”, disse Gustavo.
O prefeito fez questão ainda de enfatizar a sua origem humilde e que, por isso, tem facilidade de conversar com todos. “O governador (Caiado), até por ser uma pessoa muito rica e de família tradicional, não se coloca no lugar das pessoas. É autoritário. O seu governo já tem quase três anos e até hoje só dá desculpas para não cumprir promessas, como a de reduzir o ICMS dos combustíveis. Precisamos de ação para que o Estado volte a crescer. Precisamos de um gestor que também tenha a capacidade de se colocar no lugar das pessoas, de dialogar”, afirmou.