O deputado estadual Humberto Aidar (MDB) espera desde o ano passado a sua indicação para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM) em Goiás. Segundo a coluna Giro, do jornal O Popular, esta indicação deve ser sacramentada em fevereiro. Pelo menos, é o que espera o parlamentar, que afirmou já ter cumprido a sua parte com o governador Ronaldo Caiado (DEM). “Acho que cumpri o meu papel sendo o presidente da CCJ (da Assembleia Legislativa), apoiando o Ronaldo. Já estava decidido que o meu futuro era esse e não tem porque ficar postergando. Já comuniquei isso ao meu suplente”, disse para a coluna.
Filiado no MDB (antes era do PT), Humberto Aidar foi aliado de primeira hora do governador. Trabalhou para aprovar todos os projetos polêmicos do governo na CCJ (e também no plenário) da Assembleia. E não foram poucos. Também atuou fortemente em 2019 para a instalação e nos trabalhos da CPI dos Incentivos Fiscais, quando o governo e empresas beneficiadas em Goiás travaram um forte duelo nos bastidores e publicamente. O governo venceu e conseguiu aumentar os repasses das empresas incentivadas para o Fundo Protege, cuja arrecadação mais do que dobrou nos últimos dois anos e tem sido fundamental para Caiado bancar os novos programas sociais do Estado.
O problema para o governo é exatamente o suplente de Aidar: Max Menezes. Embora filiado também ao MDB, comandado em Goiás por Daniel Vilela, pré-candidato a vice-governador na chapa de Caiado, Menezes é aliado do prefeito Gustavo Mendanha (sem partido), que deve disputar pela oposição a eleição deste ano para o Palácio das Esmeraldas. A futura da presidência da CCJ já está decidida: ficará com o deputado Dr. Antônio (DEM), da base caiadista. A incerteza é como será o posicionamento de Max Menezes na Assembleia, se ficará do lado da base governista ou vai engrossar as cadeiras da oposição na Casa.
Pois bem: também na coluna Giro desta terça-feira (18/01), Max afirma que sua atuação parlamentar será “independente”. Votará com o governo Caiado os projetos que considerar positivos para Goiás. Pelo menos até começar a campanha eleitoral, em agosto.