O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por incitar a tentativa de golpe de 8 de janeiro aguarda apenas do envio pela Meta de um vídeo publicado por ele no Facebook dias depois dos ataques à sedes dos Poderes e apagado em seguida. Produzido por terceiros, o vídeo traz alegações falsas sobre a lisura das eleições.
A Procuradoria-Geral da República diz já ter indícios suficientes contra Bolsonaro, mas avalia que o vídeo seria um sinal inequívoco do estímulo dele às teorias conspiratórias contra as eleições. Já a Meta alega que o material foi apagado antes de haver uma ordem judicial para sua preservação. O crime de incitação prevê pena três a seis meses de detenção.
Joias sauditas
A auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) que investiga os presentes recebidos por Bolsonaro apresentou um parecer exigindo que ele devolva em até 15 dias os itens que não foram “devidamente registrados” no acervo da presidência. O relatório foi encaminhado aos ministros do tribunal, a quem cabe determinar a devolução. Na lista estão as joias trazidas da Arábia Saudita e armas.
Os ministros do TCU terão que decidir também se acatam uma recomendação da área técnica da Corte que obriga Jair Bolsonaro a entregar ao Palácio do Planalto, num prazo de 15 dias, os itens que recebeu como chefe de Estado e que não foram “devidamente registrados” no sistema do acervo da Presidência da República. Que hoje estão sob custódia da Caixa Econômica e da Polícia Federal.
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