A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 1,02% no mês passado em Goiânia. É a quarta maior variação do País. A alta foi influenciada pelo aumento nos preços da gasolina (13%), etanol (12,9%) e energia elétrica residencial (3,1%). A informação foi divulgada nesta terça-feira (11/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi o sexto aumento seguido na capital goiana. Contudo, o índice de março deste ano subiu menos que em março de 2022 (2,1%). Com isso, o IPCA em Goiânia atinge o acumulado de 3,08% em 12 meses. Em janeiro último, a variação foi de 0,85%.
No Brasil, após um avanço de 0,84% em fevereiro, o IPCA desacelerou para 0,71% em março. O resultado veio abaixo das expectativas de mercado, que eram de 0,77%. Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,65% na janela de 12 meses – menor valor para 12 meses desde janeiro de 2021. A inflação do mês foi puxada pelo aumento da gasolina, que subiu 8,33% em março e teve impacto individual de 0,39 ponto percentual no índice. (g1)
Bolsa e dólar
A surpresa positiva do IPCA abaixo do esperado animou os investidores e fez a Bolsa disparar nesta terça-feira. O Ibovespa saltou a +4,29%, aos 106.213 pontos. Foi o maior ganho percentual do índice em um dia desde outubro de 2022. O cenário também levou a uma queda expressiva do dólar. A moeda americana fechou a sessão com recuo de +1,15%, cotado a R$ 5. Este é o menor valor de fechamento desde 10 de junho de 2022.
Mas, a avaliação de economistas é que a inflação de março, por si só, não é suficiente para que o Banco Central reduza os juros. Especialistas recomendam cautela, entretanto, já que o cenário para o IPCA deve mudar no segundo semestre, quando o efeito da redução de impostos adotada pelo governo Bolsonaro no ano passado sairá completamente da base de comparação do IPCA.
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