Um relatório da Polícia Civil de Goiás, enviado ao STF, identificou políticos, empresários e produtores rurais como possíveis organizadores de bloqueios em rodovias goianas, após o segundo turno da eleição presidencial. Foi uma determinação do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, para que as polícias Civil e Militar, Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF). Que identificassem os líderes, organizadores e financiadores dos atos antidemocráticos pelo País.
Na investigação da polícia goiana, segundo o jornal O Popular, foram anexadas as respostas de 19 delegacias regionais de Goiás, das quais duas apontaram ter identificado nomes que estariam à frente dos movimentos nas cidades de Goianésia e São Miguel do Araguaia.
Na primeira, o relatório assinado pela delegada Poliana Bergamo Lomaz aponta como possíveis organizadores do bloqueio da GO-080 o presidente da comissão provisória do PL na cidade, Rafael Peixoto; e Jamil El Hosni, que disputou cadeira na Câmara de Vereadores do município na eleição de 2020, à época, filiado ao PSL.
Em São Miguel do Araguaia, aparecem como líderes o ex-vereador Leonardo Rodrigues, o empresário Tales Cardoso Machado e o produtor rural Hernani José Alves. Todos negaram o papel de líderes dos bloqueios.
Goiano na PRF?
Candidato a deputado estadual nas últimas eleições, o policial goiano Fabrício Rosa, do PT, é um dos cotados para a direção da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de acordo com o site O Antagonista. Fundador do movimento de Policiais Antifascistas, Fabrício disse que a possibilidade nasce da articulação com um grupo de policiais progressistas que elabora propostas para mudanças nos rumos da PRF na gestão do presidente eleito.