Em pronunciamento na TV, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os militares estão se “preparando para uma operação terrestre” e que “o momento da operação foi decidido por unanimidade pelo gabinete de guerra”. Netanyahu, que ainda não assumiu responsabilidade pelos erros que precederam o ataque do Hamas, disse que também vai responder pelas falhas.
“Todos terão de responder [pelo ataque], incluindo eu, mas isso só acontecerá depois da guerra”. Tanques de Israel fizeram uma incursão relâmpago no norte de Gaza na manhã de hoje, mas retornaram a seu território. A manobra, segundo as Forças Armadas, foi uma “preparação para novas fases do combate” e teve como alvo bases de lançamentos de mísseis do Hamas.
ONU x Israel
Um dos poucos organismos prestando atendimento humanitário em Gaza, a agência da ONU no território palestino avisou que pode interromper suas operações devido à falta de combustível para gerar energia em hospitais e acionar purificadores de água. O fornecimento por Israel foi cortado após o último dia 7 e os suprimentos que entram pelo Egito não são suficientes.
Para agravar a situação, Israel bloqueou os vistos dos funcionários da ONU em represália às declarações do secretário-geral António Guterres, para quem os bombardeios diários em Gaza são “uma clara violação das leis humanitárias internacionais”.
Aliás, em duas votações, os membros do Conselho de Segurança da ONU não chegaram a um acordo sobre a guerra no Oriente Médio. Russos e chineses vetaram uma resolução dos EUA, que condenava o Hamas e reconhecia que Israel tem direito à autodefesa.
Minutos depois, americanos e britânicos vetaram uma resolução russa, pedindo um cessar-fogo, mas sem citar o direito de Israel se defender. O Brasil se absteve em relação às duas resoluções. Nos bastidores, tenta-se retomar a proposta brasileira, vetada na semana passada, para que sirva de base para uma nova iniciativa.
Saiba mais: Israel x Hamas: mais de 6 mil pessoas já morreram