As forças militares de Israel voltaram a bombardear Gaza na manhã desta sexta-feira (20/10), atingindo áreas no sul do território, a área para a qual o próprio governo israelense recomendara que os palestinos se dirigissem. Mais de um milhão de pessoas já foram desalojadas desde o início do conflito.
Do lado israelense da fronteira, comunidades próximas à região estão sendo evacuadas em preparação para a invasão do território palestino. O mesmo acontece em povoações ao norte, perto do Líbano, com o temor de ataques do Hezbollah, que, como o Hamas, é financiado pelo Irã.
Em mais um sinal de que a invasão da Faixa de Gaza é iminente, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse ontem às tropas instaladas perto da fronteira que elas “logo verão por dentro” o território palestino. “A ordem virá”, afirmou.
Mais cedo, Israel disse ter matado Rafat Harev Hossein Abu Halal, que seria líder da ala militar dos chamados Comitês de Resistência Popular, a terceira força política em Gaza e que se opõe à paz com Israel. Em outro ponto da Faixa de Gaza morreu Jamila Abdullah Taha al-Shanti, membro do Conselho Legislativo palestino e fundadora do braço feminino do Hamas.
Ajuda humanitária
Como parte do acordo mediado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, o Egito autorizou a passagem de 20 caminhões de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. ONGs que prestam assistência aos palestinos dizem, porém, que isso não representa nem uma fração do necessário para atenuar a crise humanitária no território.
Em resposta ao ataque terrorista do Hamas no dia 7, Israel cortou o fornecimento de água, alimentos, combustível, remédios e eletricidade para Gaza, além de bombardear diariamente o enclave onde vivem 2,2 milhões de pessoas sob controle do grupo extremista.
O governo israelense disse que não impedirá a entrada da ajuda, mas que não retomará o abastecimento de Gaza até que os 203 reféns sequestrados pelo Hamas sejam devolvidos. Cerca de 100 caminhões de suprimentos aguardam do lado egípcio da fronteira.
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