O financiamento cultural por meio da Lei Rouanet registrou crescimento de 21,9% no ano passado em Goiás, com o total de R$ 12,8 milhões captados. Em 2023, foram R$ 10,5 milhões. Contudo, ao se comparar com 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), o crescimento foi ainda mais significativo: 73%.
Em todo o país, quase R$ 3 bilhões foram captados por projetos culturais ao longo do ano, representando um crescimento significativo em relação aos anos anteriores. Em 2023, foram R$ 2,3 bilhões. Segundo dados do Painel da Rouanet, plataforma criada pela Prosas.
No ano passado, ao todo 65 grupos empresariais destinaram recursos para 97 projetos culturais em Goiás. As empresas que mais contribuíram: Elysium (R$ 2,7 milhões), Colorado (R$ 1,2 milhão), Jaepel (R$ 938 mil), Grupo Saga (R$ 725 mil), Yamana Gold (R$ 713 mil), Ecorodovias (R$ 517 mil), Grupo Vale do Verdão e HP Transportes (R$ 500 mil, cada uma).
Os projetos culturais que mais receberam recursos pela Lei Rouanet no estado foram dos segmentos artes cênicas (R$ 4 milhões), patrimônio cultural (R$ 2,9 milhões), música (R$ 2,8 milhões) e artes visuais (R$ 1,8 milhão).
Brasil
Em 2024, as organizações que mais captaram recursos no Brasil foram: Museu de Arte de São Paulo (R$ 46,7 milhões), Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (R$ 40,9 milhões), Instituto de Desenvolvimento e Gestão (R$ 36,9 milhões), Orquestra Sinfônica Brasileira (R$ 35,2 milhões), Instituto Inhotim (R$ 31,4 milhões), Instituto Vale (R$ 31,3 milhões) e Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), com R$ 24,7 milhões.
No Brasil, em 2024, as empresas que mais se destinaram recursos pela Lei Rouanet foram: Vale (R$ 189,7 milhões), Petrobras (R$ 170,4 milhões), Grupo Itaú (R$ 122,8 milhões), Nubank (R$ 112 milhões), Shell (R$ 84,5 milhões), Banco do Brasil (R$ 69,2 milhões), Grupo Bradesco (R$ 54,2 milhões), BNDES (R$ 50,4 milhões), Santander (R$ 47,4 milhões) e Grupo Stellantis (R$ 32,2 milhões).
O Painel da Rouanet revela que empresas sediadas nas regiões Sudeste e Sul tendem a investir majoritariamente em projetos de suas próprias regiões — 83,7% e 76,4%, respectivamente. Já as empresas do Norte, por exemplo, direcionam apenas 13,2% dos recursos para sua própria região, destinando o restante principalmente ao Sudeste e Sul.