A composição completa da equipe de transição deve ser anunciada ao longo desta semana, mas três nomes já foram convidados para integrar o núcleo sobre economia: o ex-presidente do BNDES Pérsio Arida, André Lara Resende – os dois criadores do Plano Real – e Guilherme Mello, um quadro técnico do PT. Resende e Mello já aceitaram o convite. Lula tem dito a interlocutores que não pretende nomear para seu ministério pessoas que participarão da transição. Na sua avaliação, este grupo estará na “linha de tiro”, podendo chegar a um ministério já em desgaste.
O ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado ao governo paulista em 2022, Fernando Haddad, 59 anos, está cada vez mais perto de ser escolhido como ministro da Fazenda do governo Lula. A decisão do presidente eleito não deve ser nesta semana. Ele apenas vai começar a definir seus nomes agora, sabatinando possíveis candidatos e resolvendo problemas mais urgentes, como uma forma de garantir recursos para pagar as promessas de campanha em 2023.
Já aliados da senadora Simone Tebet (MDB-MS) são contra ela assumir o Ministério da Agricultura, apesar de seus laços com o agronegócio. Eles consideram que essa pasta “anda sozinha”, dando pouca visibilidade ao ocupante. Sem mandato a partir de janeiro, ela precisaria de um cargo como boa exposição política, como Educação, Cidadania ou mesmo Meio Ambiente.
Uma preocupação na composição do ministério é não enfraquecer a base do governo Lula no Senado, especialmente após a eleição de nomes simbólicos da direita. O petista quer ter em sua equipe, por exemplo, Flávio Dino (PSB-MA), Wellington Dias (PT-PI) e Jaques Wagner (PT-BA), mas teme tirar esses políticos experientes do Congresso de deixar suas vagas a cargo de suplentes.
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