O perdão aos golpistas que atacaram às sedes dos Três Poderes há um ano soaria como impunidade. A afirmação é do presidente Lula, que participou ontem do evento Democracia Inabalada, no Congresso, marcando o primeiro aniversário do 8 de janeiro com a presença de quase 500 convidados.
O evento teve as presenças dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moares, além dos comandantes das Forças Armadas.
“Não há perdão para quem atenta contra democracia e contra seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade”, disse o presidente. Ele elogiou a reação das instituições e do próprio povo ao ataque aos Poderes.
Na mesma linha, Moraes disse que não se pode confundir “paz e união com impunidade” e não haverá “apaziguamento”. Segundo o ministro, “todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e um regime de exceção serão devidamente investigados, processos e responsabilizados na medida de suas culpabilidades”. Ele também defendeu a regulamentação das redes sociais para evitar manipulações políticas.
Barroso, em cerimônia no STF antes do evento do Congresso, lembrou que o 8 de janeiro não foi um ato isolado, tendo sido precedido por anos de ataques às instituições e seus integrantes. Já Pacheco disse que os Poderes “permanecem vigilantes contra os traidores da pátria” e anunciou que as grades do entorno do Congresso, instaladas dias antes dos ataques, serão retiradas.
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