Em busca da recuperação de sua popularidade neste ano pré-eleitoral, o presidente Lula assina nesta terça-feira (18/3) o projeto de lei que isenta quem recebe até R$ 5 mil por mês do Imposto de Renda.
O evento, no Palácio do Planalto, vai contar com a participação dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
O governo espera que o Congresso aprove a mudança para passar a valer já em 2026, ano de eleições. Estima-se que 32% dos trabalhadores deixarão de ser tributados com o aumento do limite de isenção.
Para isso, o governo terá de abrir mão de R$ 27 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A expectativa inicial era que a correção custasse R$ 32 bilhões no próximo ano.
Mas houve um recálculo porque o governo vai elevar a isenção do IR dos atuais R$ 2.824 para R$ 3.036, corrigindo o valor de dois salários mínimos.
Novo imposto
Os R$ 27 bilhões serão compensados com a criação de um imposto mínimo de até 10% para quem tem renda acima de R$ 50 mil por mês, incluindo lucros e dividendos.
Haddad se reuniu ontem com Lula, que pediu para não haver alterações nos descontos atualmente oferecidos no IR, como isenção por doenças graves.
Moradia
E em outra frente para aumentar a popularidade, o governo Lula estuda criar uma faixa estendida no Minha Casa, Minha Vida para atender a quem tem renda mensal familiar entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.
A medida deve ser viabilizada com a injeção de R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal para operações de financiamento das atuais faixas do programa.
Essa operação deve liberar recursos do FGTS para o financiamento dessa nova faixa. O objetivo é atender à classe média.