O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Sandro Mabel, disse que tem articulado para substituir o economista Paulo Guedes do Ministério da Economia. Para isso, afirmou que já chegou a indicar o goiano Henrique Meirelles, ex-ministro no governo de Michel Temer e ex-presidente do Banco Central no governo de Lula, para o presidente Jair Bolsonaro. “Ele (Bolsonaro) escuta, não emite uma opinião, mas escuta. E me perguntou se Henrique Meirelles toparia”, afirmou em entrevista ao jornal Tribuna do Planalto. Como se sabe, Meirelles é pré-candidato ao Senado pelo PSD de Goiás.
“Guedes não tem respaldo nacional nem internacional. Henrique Meirelles é muito bom, tem o mercado interno e externo, não joga de qualquer jeito. Guedes, um dia fala uma coisa, outro dia fala outra, é uma confusão que não tem tamanho. Continuo trabalhando para substituí-lo”, disse Mabel. “Eu votei no Bolsonaro. Acho que o governo federal tem bons ministros, a ministra da Agricultura [Tereza Cristina], de Minas e Energia [Bento Albuquerque]. Agora o estilo dele é completamente doido. Mas se não fosse o Bolsonaro estaríamos hoje caminhando para ser uma Argentina. Bolsonaro veio em uma boa hora em função disso e deu uma equilibrada nesse jogo que estava totalmente de esquerda”, enfatizou.
Sandro Mabel foi deputado federal e mantém bom trânsito em Brasília. No governo de Michel Temer MDB), chegou a ocupar um cargo de assessor especial no Palácio do Planalto. O empresário afirma que não se pode descartar o potencial de uma terceira via no Brasil para 2022. “Acho que a eleição está polarizada, mas tem uma chance de ter a terceira via. Sérgio Moro, aqui em Goiás, tem 9%. É um número importante. João Dória vai largar o segundo orçamento do país para disputar a eleição presidencial. Deve ter pesquisas que o levam a entender que a terceira via tem chance. A eleição está extremamente polarizada, porém essa polarização pode dar chance para uma terceira via”, afirmou.
O presidente da Fieg apoia, em Goiás, uma pré-candidatura do prefeito Gustavo Mendanha ao governo estadual, mas descarta ser candidato novamente a deputado federal. “Eu só sairia candidato se o Gustavo não saísse e não tivesse alguém que tivesse tamanho para sair. Se não tiver um candidato para sair contra o Caiado, eu toparia. Se o Gustavo não for candidato, mas o Jânio Darrot tiver viabilidade, vamos embora. Mas se não tiver quem enfrente, eu toparia enfrentar. Fora isso, nem passo perto”, afirmou ao Tribuna do Planalto.