O presidente eleito Lula bateu o martelo e escolheu o ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT-CE) para o Ministério da Educação. Os dois se reuniram na noite de segunda-feira (19/12) com a atual governadora cearense Izolda Cela (sem partido), que também era cotada para o cargo. Mas ficou com a Secretaria de Educação Básica.
Inicialmente, Lula relutava em tirar do Congresso senadores eleitos, como já fez com o futuro ministro da Justiça Flávio Dino (PSB-MA). Entretanto, pesou a relação de confiança com Santana. Agrônomo com mestrado em meio ambiente, foi superintendente do Ibama no Ceará e se elegeu governador em 2014, sendo reeleito no pleito seguinte.
A nomeação de Camilo Santana foi bem recebida, embora fosse grande a torcida por Izolda. Ela é professora e foi secretária de Educação do Ceará entre 2007 e 2014, antes de ser vice-governadora na chapa de Santana. Os dois exibem números expressivos.
Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 87 das 100 melhores públicas nos anos iniciais do ensino fundamental estão no Ceará.
MDB no governo
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) insistiu com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que deseja ocupar o Ministério do Desenvolvimento Social, considerado uma importante vitrine. As duas se reuniram na noite de segunda-feira, e Gleisi argumentou que seu partido também cobiça a pasta responsável pelo orçamento do Bolsa Família.
O MDB deixou claro que Tebet seria da cota pessoal de Lula e não uma representante do partido na eventual formação do gabinete.
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