Os sistemas inteligentes, como Inteligência Artificial (IA), moldam ativamente nosso mundo. Mas é crucial compreender que suas ações não são moralmente neutras. Eles refletem as escolhas e valores dos criadores, podendo perpetuar preconceitos. A criatividade da IA, um atributo associado à identidade humana, está agora em foco durante o período eleitoral.
“Algoritmos podem gerar conteúdo persuasivo, influenciando os sentimentos da população. Exemplos incluem a criação de discursos emocionais e campanhas publicitárias personalizadas, desafiando noções tradicionais sobre a autenticidade da expressão política”, afirma o marqueteiro Paes Barbosa.
“Ao captar, armazenar e monitorar dados, essas tecnologias geram o “data-self,” fornecendo insights inéditos sobre nós mesmos. Essas mudanças desafiam as definições de autoconhecimento, aprendizado e autonomia, levantando questões sobre a influência dessas plataformas em nossas perspectivas e escolhas”, diz.
Fake news
Paes Barbosa alerta sobre os riscos, incluindo a propagação de fake news, destacando a importância de abordar essas questões. O alerta sobre uma eleição de bots e uma guerra cibernética destaca um risco iminente à democracia. “Esta situação representa uma ameaça à integridade do processo eleitoral, com bots e trocas de personas desestabilizando a confiança pública. Essa é uma chamada para ação urgente na proteção das bases democráticas contra ameaças virtuais, enfatiza.
O marqueteiro destaca a urgência na regulamentação da Inteligência Artificial nas eleições. Sua experiência nas eleições do governo de São Paulo em 2022, onde 700 bots foram eliminados diariamente, evidencia a gravidade da situação. O apelo à regulamentação reflete a necessidade de proteger os sentimentos e a confiança de cada cidadão.
Ele frisa que o combate às fake news nas eleições municipais exige uma abordagem multifacetada. “Educação digital, transparência e o engajamento contínuo da sociedade são componentes essenciais para fortalecer a integridade do processo democrático”, diz.
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