Em sua primeira agenda como pré-candidato a senador, Henrique Meirelles (PSD) teve uma grande preocupação: afirmar que, caso eleito, ficará os oito anos de mandato no Senado. Não é por menos e, certamente, deve ter em mãos pesquisa qualitativa: a única eleição que Meirelles disputou foi em 2002 para deputado federal, mas sequer foi para a posse. Renunciou o mandato antes, sem pensar duas vezes, para aceitar convite do presidente Lula para presidir o Banco Central.
Depois, Meirelles até ensaiou ser candidato a senador e governador. Mas, não teve beira. Foi escanteado tanto pelo PSDB de Marconi Perillo (que abriu a vaga na sua chapa para Lúcia Vânia concorrer ao Senado em 2002) e pelo MDB de Iris Rezende, que enrolou Meirelles e acabou sendo ele o candidato ao Palácio das Esmeraldas em 2010 (e perdeu para Marconi).
Depois de um longo período sem nenhuma atividade política em Goiás, Meirelles agora busca consolidar sua candidatura ao Senado pela base do governador Ronaldo Caiado (DEM), com quem teve encontro hoje no Palácio das Esmeraldas. Saiu de lá sem falar, desta vez, sobre essa possibilidade, mas disse que Caiado foi responsável por ele entrar na política há 20 anos e por também ter decidido filiar no PSD. Vale lembrar que, em 2018, Meirelles disputou a presidência da República pelo MDB.
