Uma pesquisa divulgada hoje (12/11) pelo portal Poder360 aponta que 51% dos brasileiros afirmam que sua situação financeira piorou nos últimos seis meses, principalmente os que têm mais de 60 anos (58%) e os moradores da região Centro-Oeste (73%). Foram ouvidas 2,5 mil pessoas nesta semana. Apenas 7% relaram alguma melhoria em suas finanças pessoais e 38% afirmaram que estão na mesma. E boa parte da população (29%) acredita que a situação pode até piorar nos próximos meses, principalmente os mais jovens de 16 a 24 anos de idade (39%) e os que moram nas regiões Sudeste (38%) e Centro-Oeste (47%). Outros 24% acreditam em alguma melhoria financeira, principalmente no Norte do País (48%).
Estes números da pesquisa vêm num momento de alta do desemprego, da inflação (principalmente nos preços dos combustíveis e da energia elétrica) e dos juros no Brasil. Ou seja: a maior parte da população viu sua renda cair e suas dívidas aumentarem. Mas, esta percepção de piora é menor do que a média geral quando considera-se apenas os que acham o presidente Jair Bolsonaro “ótimo” ou “bom”. Nesse grupo específico, apenas 20% relatam piora em suas finanças. Essa taxa sobe a 65% entre os que dizem que presidente é “ruim” ou “péssimo”.
Outra constatação importante da pesquisa é que para 42% da população brasileira o governo de Bolsonaro é o principal responsável pelos aumentos no preço dos combustíveis. Detalhe: este porcentual sobe para 77% entre os moradores do Centro-Oeste. A culpa recai sobre governos estaduais para apenas 24% dos brasileiros (8% dos que moram no Centro-Oeste). Para 10%, a Petrobras é a principal responsável pelos preços, enquanto 8% creditam a culpa ao dólar.
Jair Bolsonaro afirma regularmente que os aumentos são inflados pelo ICMS cobrado pelos Estados e os governadores rebatem e alegam que o imposto não é a principal responsável pela alta dos preços nos postos de combustíveis. Esta última narrativa tem ganhado, mostra a pesquisa. Agora, o presidente também tem mirado sua artilharia contra a Petrobras.