Em operação realizada hoje de manhã, a Polícia Federal prendeu o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. A autorização da prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes (STF), que também determinou o bloqueio de conteúdos postados pelo petebista em rede sociais, apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento. O inquérito investiga a milícia digital no Brasil.
Mas, antes de ser preso, Roberto Jefferson teve ainda tempo de fazer suas últimas postagens nas redes sociais para informar que a PF estava em sua casa e de parentes. “A Polícia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu.
A investigação da PF apura indícios e provas que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito. Essa organização se dividiria em núcleos: de produção, de publicação, de financiamento e político. Outra suspeita é de que o grupo tenha sido abastecido com verba pública.
Entre os nomes citados pela PF em um pedido para acessar quebras de sigilo, estão os assessores da Presidência da República acusados de integrar o chamado “gabinete do ódio”, que seria encarregado de promover ataques virtuais nas redes sociais contra desafetos da família do presidente Bolsonaro e adversários do governo.