Os policiais militares e bombeiros marcaram para o próximo dia 28 uma assembleia geral que discutirá a cobrança por reajuste salarial na data-base dos servidores do Estado. O evento deve acontecer às 14 horas, em frente à Assembleia Legislativa. De lá, os organizadores preveem uma passeata até o Palácio das Esmeraldas. O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado (Sindipúblico-GO) estima que, somente no atual governo, a defasagem salarial dos servidores é de 13,5%.
Em audiência na Assembleia Legislativa na semana passada, a secretária estadual Cristiane Schmidt (Economia) descartou viabilidade financeira no Estado para conceder a data-base em 2022.
Alguns oficiais na PM goiana demonstram em grupos de WhatsApp que a insatisfação vai além da data-base. Reclamam de redução nos investimentos em equipamentos de segurança, como coletes balísticos, e de comunicação, como rádios digitais, inclusive nos carros locados pelo Estado para servirem de viaturas policiais. Além disso, criticam o pagamento mensal de mais de R$ 7 milhões em horas extras para policiais militares no Estado, sobrecarregando o atual efetivo.
Na semana passada o governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou, para 2022, concurso pública para a área da segurança pública. Serão 1,5 mil vagas, sendo 870 para a PM e 160 para o Corpo de Bombeiros. “Sabemos do déficit dos nossos policiais. É o menor contingente que um governador governa o estado”, reconheceu o governador.