Uma das pastas mais importantes do governo federal, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, já está em disputa. Com o ministro Flávio Dino ganhando força como possível substituto de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), aliados do presidente Lula (PT) defendem no ministério nomes como Jorge Messias (AGU), Marco Aurélio Carvalho (advogado) e Augusto de Arruda Botelho (secretário de Justiça).
O favorito do PT é Messias, que também é o preferido do partido para o STF. Botelho é do PSB, o que daria continuidade à gestão de Dino. Já Carvalho, que coordena o grupo Prerrogativas, é um dos conselheiros políticos mais próximos do presidente.
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Isolar bolsonaristas
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), disse nesta segunda-feira (18/9) que “acolher o pleito de dois deputados indicados pelas suas bancadas para serem ministros consolida simbolicamente a constituição de uma frente ampla”.
Para Padilha, incorporar partidos de oposição é um “ganho qualitativo”. Isolaria a “extrema-direita, os bolsonaristas” e abriria espaço para uma “frente ampla que desde o dia 8 de janeiro rechaçou os atos antidemocráticos, construiu agenda no Congresso, apoiou programas sociais e contribuiu para um reposicionamento do Brasil no mundo”.
Aliás…
O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) deve anunciar no próximo dia 30 a sua filiação ao Partido Novo durante o encontro nacional da sigla. Sua saída do Podemos já foi comunicada à presidente nacional do partido, Renata Abreu. O senador Sergio Moro (União Brasil) também estaria sendo sondado pela sigla, mas ele nega negociações com o Novo, assim como uma possível desfiliação do seu atual partido, que integra o governo Lula.