Morreu nesta quinta-feira (29/6) o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, aos 86 anos. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), entidade que Paolinelli presidia, o ex-ministro apresentou complicações após uma cirurgia para colocar uma prótese no fêmur. Estava internado no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte.
“Paolinelli foi uma figura ímpar no campo da agricultura brasileira, deixando um legado significativo para o setor. Sua trajetória exemplar como engenheiro agrônomo, pesquisador e líder inspirou gerações de profissionais e contribuiu de forma inestimável para o desenvolvimento agrícola do país”, destacou a associação, em nota de pesar.
O mineiro Paolinelli assumiu o Ministério da Agricultura no governo de Ernesto Geisel em março de 1974. Quando abriu um período de políticas para o setor e para o desenvolvimento do Centro-Oeste brasileiro. Priorizou a ciência e estruturou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criada na gestão do ex-ministro da Agricultura Cirne Lima, em 1972.
Sustentável
Fundou, em 2012, o Fórum do Futuro, voltado ao debate sobre o desenvolvimento sustentável, com foco em inovação, tecnologia e pesquisa. Paolinelli estava também à frente do Projeto Biomas Tropicais, que oferece um novo caminho para a produção alimentar, preconizando a precedência da ciência na definição dos limites de uso sustentável dos recursos de cada bioma, antes do seu uso econômico.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, lamentou a morte do ex-ministro e se referiu a Paolinelli como um dos maiores nomes da agricultura brasileira. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também lamentou. Disse que o ex-ministro deixa um legado inquestionável, que supera barreiras do tempo e deixa sua marca eternizada. “Seu trabalho fez nascer no país uma das maiores potências agropecuárias do mundo. Mais que isso, seu legado alimenta as famílias e a ciência”, frisou.