Não há mais dúvidas no ninho tucano goiano: Marconi Perillo vai anunciar no encontro regional do PSDB neste sábado (16/7) a sua pré-candidatura ao governo de Goiás. Será a sua quinta eleição para governador, sendo que venceu todas as quatro já disputadas (sendo duas para reeleição): 1998, 2022, 2010 e 2014. Na eleição de 2018, quando disputou uma vaga ao Senado, sofreu sua primeira (e grande) derrota eleitoral.
O ex-governador tem deixado ainda mais clara a sua decisão nos últimos dias. “Um governador precisa ter vontade de trabalhar, arregaçar as mangas e ir à luta. Em todos os nossos governos colocamos a mão na massa, trabalhei por cada município. Não fiquei na conversa, na enrolação e nas fake news. Sempre percorri o nosso Estado e, agora, não é diferente”, postou nesta semana nas redes sociais. “Goiás precisa voltar a olhar para a frente, para o povo e para o futuro”, frisou em outra postagem.
Mas, o que leva Marconi a decidir pela quinta candidatura ao governo de Goiás? Primeiro, foi o cargo que sempre quis disputar. As demais opções (Senado ou Câmara dos Deputados) são mais viáveis eleitoralmente, mas não despertam interesse do tucano e demandam uma boa aliança partidária.
Outro fator são as pesquisas. As últimas divulgadas mostram um empate técnico entre Marconi Perillo e o ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota). Em segundo lugar. Já o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que lidera todos os cenários, é favorito. Mas os tucanos acreditam que Perillo deve crescer e se firmar em segundo lugar.
Segundo turno
Marconistas também apostam que numa eleição ao governo com Caiado, Perillo e Mendanha, além de Vitor Hugo (PL) e de Wolmir Amado (PT), candidatos do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula, respectivamente, é certeza de segundo turno. E que neste caso haveria uma aliança de toda a oposição contra o governador. E mesmo que Caiado seja reeleito, quem for para o segundo turno contra ele sairia na frente para liderar a oposição em 2026.
Embora há uma tendência de segundo turno em Goiás, isto hoje é mais expectativa do que certeza. E a rejeição do ex-governador tucano no eleitorado goiano continua sendo um fator de grande risco para a sua campanha neste ano.
Então, não é possível cravar ainda que haverá segundo turno em Goiás, que Marconi Perillo estará nele e muito menos que conseguiria aglutinar o apoio de toda a oposição contra o governador Caiado. E muito menos pode se descartar completamente que a decisão que o tucano anunciará neste sábado não possa mudar até a primeira semana de agosto, na convenção do PSDB.