O novo comandante da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM), Gustavo Toledo Lima, afirma que há uma grande dificuldade para o uso de arma não letal pela corporação: seu custo elevado.
“Nós temos uma dificuldade hoje de conseguir esse armamento. Custa de 12 a 15 mil reais. Enquanto uma arma de fogo, custa 2 a 3 mil reais. Então, há uma maior facilitação em comprar um equipamento letal, porque o menos letal é muito caro para o município adquirir”, disse em entrevista à Radio Bandeirantes.
Gustavo Toledo foi nomeado na semana passada pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil). Formado em administração e gestão de segurança pública, ele tem 16 anos de experiência na corporação. Disse que Mabel deu total liberdade para o seu trabalho à frente da GCM, com o objetivo de tornar “Goiânia a cidade mais segura do Brasil”.
“Dentro do patrulhamento preventivo, iremos fazer com que os nossos resultados sejam mais expressivos. Isso abrange abordagem de pessoas próximas às escolas, pessoas suspeitas. A gente vai começar a fazer um trabalho mais incidente para que a gente traga um resultado de segurança pública”, disse.
Câmeras
Apesar de prever um trabalho mais ostensivo da GCM, o comandante não quis se comprometer sobre o uso de câmeras nas fardas dos agentes. “Tema muito complexo. Eu acho que temos que olhar os dois lados. Eu tenho um agente que vai ter uma câmera e em 90% dos casos vai elucidar que ele estava correto. A ausência de imagem tem o lado negativo que pode causar depois”, afirmou.
“Creio que vai acontecer o que aconteceu em outras cidades, como São Paulo, que vai perder o anonimato. E quando se perde o anonimato, se perde a fonte. E se não tem fonte, não tem quem está causando crime nem denúncia. Então a gente tem uma linha tênue entre o que é preciso, se é bom ou não para a sociedade. Tem que ser um estudo bem feito para que se chegue a uma conclusão melhor”, frisou.
Gustavo Toledo defendeu também o aumento do efetivo da GCM, que tem pouco mais de 1,1 mil agentes na ativa. Disse que discute com o prefeito a viabilidade de um concurso. Na campanha eleitoral, Sandro Mabel prometeu aumentar o efetivo da Guarda Civil.