Atualização: o governo de Jair Bolsonaro já definiu o próximo presidente da Caixa Econômica Federal. E será uma mulher: Daniella Marques, 42 anos, desde fevereiro secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Ela é braço direito do ministro Paulo Guedes (Economia). Trabalhava com ele na Bozano Investimentos e é uma das principais aliadas desde o governo de transição. Vai substituir Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual por funcionárias do banco federal.
O caso explodiu nesta semana com acusações de funcionárias do banco federal de assédio sexual pelo presidente, que é (ou era) muito próximo do presidente Bolsonaro. Guimarães está sendo investigado pelo Ministério Público Federal devido a denúncias de assédio sexual a funcionárias da instituição. Pelo menos cinco servidoras relatam aos jornalistas “toques íntimos não autorizados” e “convites heterodoxos”.
Bolsonaro e Guimarães conversaram ontem por cerca de dez minutos a sós no Palácio da Alvorada, após o presidente receber seu filho e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além de integrantes da área de comunicação do Planalto.
Os integrantes do governo consideram a demissão fundamental para “poupar” o presidente e evitar um desgaste maior junto ao eleitorado feminino, um dos grupos onde sua rejeição é maior. O Ministério da Economia já estaria desde ontem procurando um substituto.
Posse na Petrobras
Após aprovação pelo Conselho de Administração da Petrobras na segunda-feira, Caio Mário Paes de Andrade tomou posse ontem (28/6), sem cerimônia pública, como conselheiro e presidente-executivo da estatal. Uma das primeiras atividades de Andrade foi o pedido de conversas individuais com diretores executivos da empresa. A expectativa do governo é que não sejam autorizados novos reajustes de preços de combustíveis até as eleições (saiba mais aqui).