Os novos casos de Covid-19 tiveram significativo aumento nas últimas duas semanas. Em todo o mundo, inclusive no Brasil e em Goiás. Por conta da maior transmissibilidade da variante ômicron, o mundo quebrou ontem um novo recorde, ultrapassando 3 milhões de infecções em 24 horas. Segundo a Universidade de Oxford, foram 3,28 milhões de novos casos no planeta, com 1,48 milhões somente nos Estados Unidos. Foi o quarto recorde em oito dias.
No Brasil foram registrados 73.617 novos casos ontem, enquanto a média móvel de testes positivos na última semana está em 44.016 – um aumento superior a 600% em relação à de duas semanas atrás. Também foram registradas 139 novas mortes. Em Goiás foram registrados oficialmente ontem 2.183 novos casos de Covid-19, elevando a média móvel para 1.145, que na semana passada terminou apenas em 694. Foram também registradas duas mortes.
Em uma semana a ocupação de leitos de UTI por pacientes com covid-19 em São Paulo saltou de 26% para 35%. O governador João Doria (PSDB) anunciou que deve adotar novas medidas restritivas para conter o avanço da ômicron no estado.
A ômicron deve infectar metade da população europeia até março, caso as taxas de contágio permaneçam nos patamares atuais. A avaliação é de Hans Kluge, diretor da secção europeia da OMS, a partir de um relatório da Universidade de Washington, nos EUA. A área sob a jurisdição de Kluge compreende 53 países, incluindo alguns da Ásia Central. Deles, 50 já relatam casos da variante, que agora avança pelos Bálcãs.
O pico de transmissibilidade da ômicron acontece entre três e seis dias após o início dos sintomas o diagnóstico, aponta estudo feito no Japão, não até 48 horas depois, como se imaginava. A descoberta põe em xeque a estratégia de diversos países, inclusive o Brasil, de reduzir para cinco dias o isolamento de pacientes assintomáticos.