Triste realidade: no ano passado morreram 46.530 pessoas em Goiás, aumento de 17,8% em relação a 2019, principalmente por conta da pandemia da Covid-19. Ou seja: foram 7 mil pessoas a mais. Mais: este número de mortes foi recorde no Estado nas últimas duas décadas. Para se ter uma ideia, no ano passado morreram mais de 20 mil pessoas em relação a 2002. Os dados foram divulgados hoje (18/11) pelo IBGE.
Na capital o aumento de óbitos foi ainda: 25,9% em 2020, com 10,6 mil vidas perdidas em relação a 2019. Os meses de julho e agosto de 2020 foram os meses em que houve o maior número de óbitos, tanto na capital, quanto no estado. Em Goiás, ocorreram 5.160 óbitos em agosto e 5.130 óbitos em julho. Em agosto, houve aumento de 56,8% de óbitos em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Em Goiânia, houve um aumento de 50% no número de casos de óbitos em relação a 2019 na faixa entre 60 e 64 anos na capital goiana. No estado, a mesma faixa etária registrou aumento de 26% em relação ao ano anterior. Em Goiás, houve um aumento superior a 25% nas faixas de 65 a 69 e 70 a 74 anos. Entre 75 e 79, e 80 e 84 anos, o aumento foi próximo a 20%. Na comparação com 2019, houve 20,0% de aumento nos óbitos de causas naturais, sendo 35.308 em 2019, contra 42.373 em 2020. Morreram mais pessoas tanto em hospitais (aumento de 17,6%) como também nas residências (21,9%).
Houve reduções nos casos de óbitos entre pessoas com menos de 14 anos em todas as faixas no estado. A queda mais significativa foi na faixa entre 1 e 4 anos, com uma redução de mais de 30% em relação a 2019. Houve queda também no grupo com menos de um ano (- 14,6%). Esse fato pode estar relacionado tanto à diminuição dos níveis de mortalidade nessa faixa etária quanto ao menor número de filhos nascidos no último ano.
Por outro lado, houve um pequeno aumento no número de mortes violentas, segundo o lugar de residência do falecido. Foram 3.437 em 2019, e 3.524 em 2020, representando um aumento de 2,5%. No agrupamento por gênero, o número de homens que morrem por causas violentas é cerca de 5,6 vezes maior que o das mulheres, mantendo a tendência dos anos anteriores. Em 2020, totalizou-se 3.006 homens (85% dos casos) e 514 mulheres (15%).
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