O que têm em comum o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), o presidente da Fecomércio Goiás, Marcelo Baiocchi, e a senadora Kátia Abreu (PP-TO)? Além de personalidades com forte ligação com Goiás, os três estão neste momento isolados devido a um quadro de reinfecção pela Covid-19. Com a prevalência da variante Ômicron no País, tem sido cada dia mais comuns os casos de reinfecção, mesmo em pessoas com o ciclo vacinal completo.
Segundo análise do Imperial College London, o risco de reinfecção com a nova variante é 5,4 vezes maior do que o medido para outras cepas, como a Delta. Os mesmos pesquisadores disseram no estudo que não há evidência de que a Ômicron seja mais branda que outras cepas. “Não encontramos nenhuma evidência (tanto para o risco de comparecimento à hospitalização quanto para o estado dos sintomas) de que a Ômicron tenha gravidade diferente da cepa Delta”, afirmaram os pesquisadores.
A menor gravidade da maioria dos casos provavelmente se deve à vacina. Tanto Rogério Cruz, quanto Marcelo Baiocchi relataram somente sintomas leves até agora, como dor de garganta. Já Katia Abreu informou por meio de suas redes sociais que sentiu febre e muitas dores no corpo na semana passada, mais fortes do que na primeira contaminação, em novembro de 2020, quando chegou a ser internada. A diferença, contou a senadora nascida em Goiânia, é que os pulmões foram pouco afetados desta vez. Ela disse ontem que já está melhor.
O prefeito de Recife, João Campos (PSB), e a sua namorada, a deputada federal Tábata Amaral (PSB), também confirmaram no último dia 6 que pegaram a Covid-19 pela segunda vez. Ambos com sintomas leves. Segundo pesquisa da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) realizada em 11 estados, incluindo Goiás, os casos de Covid-19 cresceram 655% desde o mês de dezembro.