A bancada da oposição na Assembleia Legislativa vai propor aumentar de R$ 100 para R$ 500 no valor mensal do novo benefício social que o governador Ronaldo Caiado (DEM) propõe criar em Goiás, o Bolsa Estudo, direcionado para 218 mil alunos da rede pública estadual de ensino. Isto aumentaria o custo do programa de R$ 503 milhões para R$ 2,5 bilhões até 2023, período em que o programa social deve vigorar, segundo o projeto enviado pelo governador.
“Essa matéria foi enviada à Assembleia Legislativa com o objetivo de incentivar a permanência dos estudantes em sala de aula. Mas o alerta sobre a evasão escolar tem sido feito pelo deputado Antônio Gomide (PT) e, também por mim, há muito tempo. Com esse valor é possível pagar dez dias de lanche e só. E é por isso que vou apresentar emenda solicitando que o recurso seja de meio salário mínimo”, disse hoje (4/11) a deputada tucana Lêda Borges (foto) no plenário.
É claro que a chance de uma emenda neste sentido ser aprovada na Assembleia é mínima. A oposição não tem votos suficientes. Portanto, precisaria de ter apoio de deputados da base governista, o que é improvável. Trata-se de mais uma tática de tentar criar algum tipo de desgaste para o governador Caiado, pré-candidato a reeleição, que tem anunciado desde o início deste ano vários programas sociais novos ou em substituição aos das gestões do PSDB em Goiás.
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