A desigualdade no Brasil chegou ao seu pior nível em pelo menos duas décadas. Segundo relatório do banco Credit Suisse, em 2020, quase a metade da riqueza do País foi toda para a mão do 1% mais rico da população: 49,6%. Em 2019, eles detinham 46,9%. Esse nível de concentração de renda não era visto desde pelo menos 2000, quando o 1% mais rico era dono de 44,2% das riquezas.
Apesar de ter se tornado uma tendência mundial por causa da pandemia, a desigualdade brasileira está bem acima de pares latinos-americanos, como México. Entre as grandes economias, só a Rússia supera o Brasil.
Mas a vida para os mais ricos no Brasil, em comparação com o mundo, também não tem sido fácil com a pandemia: o País lidera na perda de milionários em 2020, indo na contramão mundial, que ganhou 5 milhões deles. Um dos motivos é a desvalorização do real frente ao dólar.
A boa notícia (para os milionários) é que depois de passar quase 2020 inteiro no topo da lista das piores moedas do mundo, o real inverteu nos últimos meses sua tendência de perda de valor frente ao dólar e já está, agora, na outra ponta da lista. É atualmente a quarta moeda com maior valorização em 2021, em uma lista de 120 países. Acumula no ano ganho de 3,6% em relação ao dólar. Ontem o dólar se manteve abaixo de R$ 5 e fechou em R$ 4,96.