O governador Ronaldo Caiado determinou na semana passada que o acordo entre a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e o Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec), formado com recursos arrecadados dos pecuaristas, não seja renovado para 2023.
O acordo para contribuição ao Fundepec terminou no mês passado. A partir desta semana não haverá mais, pela Agrodefesa, essa cobrança aos produtores que atuam nas áreas de bovinocultura, suinocultura, abate de frangos e produção de leite.
Criado em 1997 pelas entidades do setor produtivo, o Fundepec é um fundo emergencial indenizatório para ressarcir pecuaristas em caso de perda de animais por doenças sanitárias. Também promove medidas de conscientização e auxílio na manutenção de um rebanho sadio.
O governo justifica que o trabalho, por meio da Agrodefesa em parceria com pecuaristas e entidades representativas do setor, deu a Goiás o status de zona livre de aftosa sem vacinação a partir de 2023. O que, na sua avaliação, não justifica a manutenção do acordo com a Fundepec.
Entretanto, lideranças do setor pecuário e do Fundepec avaliam que o fundo, que é bancado por pecuaristas goianos de forma voluntária, deve ser mantido. Justificam que, com o status de zona livre de febre aftosa, não haverá vacinação do rebanho goiano. O que aumenta também o risco de surgir a doença.
Os recursos do fundo são usados para casos de indenizações aos próprios pecuaristas e também para financiar ações de emergência.